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Faraó Neco ou Necao e a guerra que leva à morte Josias – II Reis 23 e II Crónicas 35

Faraó quando estava a sair à guerra contra o rei da Babilónia, Nabucodunosor, necessitava de passar em território judaico, ao que o rei Josias, sai-lhe ao caminho, com a vantagem de poder escolher o local do confronto opta por um espaço aberto, tipicamente de planície. Necao, ante o desafio, “ordenou aos seus archeiros que tentassem identificar o rei judaíta e concentrassem o seu tiro sobre o carro real”

“Neco, porém, mandou-lhe mensageiros, dizendo: Que tenho eu que fazer contigo, rei de Judá? Não é contra ti que venho hoje, mas contra a casa à qual faço guerra; e Deus mandou que me apressasse. Deixa de te opores a Deus, que está comigo, para que ele não te destrua.” Era sem dúvida uma forma de pressão sobre o inimigo, com o desembainhar da espada do medo, onde a crença dos povos não faltava. Certamente que os mágicos e encantadores do Egipto, haviam usado de todas as suas artes mágicas. Com certeza tinham a bordo de toda aquela comitiva uma incontável colecção de amuletos, muitos deles transportados junto do corpo com o objectivo de prover protecção.

“A magia podia ser igualmente colocada ao serviço do país: assim se explica que fossem feitas figurinhas de argila sobre as quais se inscreviam os nomes dos povos ou dos seus chefes inimigos do Egipto para que elas fossem golpeadas, espezinhadas, queimadas e enterradas. Desta forma se «destruíam», por acção mágica, os adversários, sem a necessidade de ser organizada uma campanha militar para os dominar.”

Montu, “por vezes, surge também munido de uma espécie de cimitarra curva, okhepech, com o qual decapita os inimigos do Faraó, o mesmo é dizer, transmitindo-lhe a invencibilidade, a vitória, a protecção, o poderio.” , pelo que esta divindade tida como deus de guerra era invocada para trazer vitória nos combates. Igualmente, Amon, também era tido como um deus, responsável pela vitória na guerra dos egípcios, subjugando os povos estrangeiros. É de referência a fama que o oráculo de Amon tinha. Assim, é provável que à semelhança de Alexandre, o grande, uns anos mais tarde, Necao tenha consultado Amon, assim como invocado o seu nome para que este lhe conferisse invencibilidade e fosse com ele.

Uma vez no confronto com os hebreus, Faraó faz uso das suas armas religiosas, uma vez que são as que lhe conferem invencibilidade.